Fui aconselhada, mais tarde avisada e, posteriormente e em entrelinhas proibida de ir...

Mas como sou teimosa, para o bem e para o mal, resolvi ir e fui mesmo.

Estou a falar de uma entrevista para uma vaga numa Sociedade de Advogados internacional e gigantescamente fabulosa!

À priori já sabia que, ainda que me fosse oferecida a vaga, não poderia aceita-la por razões pessoais e em última análise de saúde. Mas a tentação do desafio foi maior do que a racionalidade e não resisti em ir fazer a entrevista na mesma.

Nesta altura, por estar impossibilitada fisicamente de poder conduzir cerca de 500/600km (sinceramente não sei quantos são!) e, como fui "às escondidas" por não poder pedir a nenhum familiar que me acompanhasse, lá me meti no comboio e fui... literalmente à aventura!

No destino tinha Hotel pertinho do Edifício da Sociedade onde se iria realizar a entrevista e um "amigo" (no PS já vão perceber o porquê das aspas!) que, por simpatia, me iria buscar ao comboio e levar ao Hotel.

Tudo correu bem, a entrevista foi um estrondo.

Duas horas e meia de plena diversão e um descontraído: "you rock", seguido de um "We will be very pleased if you accept to join our Law Firm!" no final!

Eu não poderia ter ficado mais satisfeita. É das coisas que mais me dá prazer no mundo... ser apreciada pela minha capacidade de trabalho e mostrar que sou boa, muito boa, com vontade de ser sempre a melhor, naquilo que faço.

Na verdade, isso é tudo muito bonito mas... e por muito que tenha tivesse vontade de aceitar e aproveitar esta oportunidade durante uns tempos... a verdade é que não posso.

Foi mau e chato ter feito perder-lhes o tempo deles (eles ainda não sabem mas... vão acabar por perceber quando disser que não posso), mas a minha ideia é: não posso para já e explicarei por alto os meus motivos... que eles também não precisam agora de ficar a saber da minha vida toda!

Mas o que é certo é que sei que gostaram (e muito) de mim e daquilo que ficaram a perceber ser as minhas capacidades profissionais e forma de estar no trabalho.

E isto sim era a oportunidade que não queria perder!

Isto sim é ter visão estratégica da "coisa"!

Sigam o meu raciocínio... sim, ok, é verdade que eu agora não posso aceitar esta proposta de emprego por todas as condicionantes pessoais com que desde há uns meses para cá me vejo obrigada a lidar... mas mais verdade que isto é que eles ficaram a conhecer-me, foi um contacto que estabeleci e futuramente poderei vir a deitar-lhe a mão se assim o entender.

Recrutamentos há sempre e a toda a hora, a vida corre a um ciclo rotativo e velocidades vertiginosas...

Hoje não posso, mas fiquei com a chave e vou guarda-la no bolso. Um dia se precisar, já tenho instrumentos que me permitem abrir esta porta.


PS: quanto ao resto o dia não podia ter corrido pior! O tal "amigo" revelou-se um idiota do pior e é daquelas pessoas a quem nunca mais vou dirigir a palavra em toda a minha vida e ainda que dure 200 anos!!! Resumindo e concluindo, quando me foi buscar ao comboio estava muito cansada de uma viagem de quase 7 horas e no dia a seguir tinha uma entrevista para fazer. Então combinamos tomar pequeno-almoço tardio no dia a seguir  uma vez que a entrevista era ao meio dia. Foi aí que ele perguntou onde ia deixar a mala de viagem, uma vez que tinha de fazer check-out até ao meio dia... e lhe disse que ia pedir à recepcionista do hotel para a guardar até ao final da entrevista. Ele sugeriu e, pareceu-me a mim na altura que bem, guardar logo a mala no carro dele uma vez que assim que saísse da entrevista ia ligar-lhe para ele me levar de volta ao comboio... que ainda tinha um longo caminho para percorrer.
Até aqui tudo bem, não fosse ele decidir desligar o tlm e mante-lo desligado desde cerca das 15h10 até às 21h e qualquer coisa!
Quando às 21h e tal recebo uma daquelas mensagens a dizer que o n.º para qual tinha tentado ligar já se encontrava disponível liguei logo! Estava super preocupada, pensei mesmo que lhe tivesse acontecido algo de mau, muito mau.
Quando atendeu, com a voz mais descansada do mundo diz: ah fiquei sem bateria e não reparei!
Tipo... o quê?!?!?!? Então tínhamos combinado que lhe ligava assim que saísse da entrevista... Sendo que o meu comboio, único, de volta para Lisboa seria às 17h...
Solução dele: não te preocupes, ficas mais um dia e dormes na minha casa!
Aí é que eu percebi a jogada da mala e de tudo...Pois sim... grande lata que tu tens meu amigo!
É caso para dizer: o que tu queres sei eu pah!!! Mas estás muito enganadinho!!!
Tentei manter a calma e dizer: desculpa mas não vou dormir na tua casa, tu moras num T0 e eu não vou dormir na tua casa contigo, já te disse que agradeço a "simpatia" mas não me sinto à vontade e agora, depois desta atitude com o telemóvel, nem que tenha de dormir na rua, na tua casa é que não dormiria! Nunca!!! Por isso, se fazes o favor, vem trazer-me a minha mala que eu, não sei como, muito menos a esta hora da noite, mas vou desenrascar-me!
Ao que ele, quando percebeu MESMO que todo o joguinho dele era demasiado básico e que nunca na vida me convenceria a dormir na casa dele, muito menos sequer perto dele (blhac, blhac, blhac
Fiquei podre! Não fazia a mínima ideia de onde ele morava, estava num sitio absolutamente estranho, longe de qualquer outra pessoa conhecida... mas respirei fundo, engoli em seco e disse-lhe: diz-me onde moras!
Ele lá me disse... meti-me num taxi e fui lá! Quando cheguei liguei outra vez e disse: estou aqui fora... vi-o a abrir a porta e a entrar novamente.
Falei com o taxista, indiquei-lhe a porta e pedi-lhe que, caso não voltasse em 2 minutos para me fazer o favor de ir lá dentro ver o que se passava.
Entrei lá dentro daquele apartamento e ele, com a maior das vulgaridades estava esparramado no sofá já com a minha mala dentro da casa dele! A mesma mala que supostamente ficaria já no carro para quando me fosse levar de volta à estação  para não ficar no lobby do Hotel!
Agarrei na mala e disse-lhe: obrigada T!
E saí!
Ele nem sequer se levantou.
O certo é que, não fosse eu a pessoa despachada que sou, ter uma irmã que é um anjo e que me desencantou um Hotel àquela hora da noite, ter pegado num taxi e zarpado dali para fora (muito embora tenha pago uma verdadeira fortuna!!!) e estava bem lixada...

Amigo?!
Ah, ah... Tenho um novo nome para ti: cabrão!!!
Mas a mim não me lixas tu... Um conselho, nasce outra vez e tenta desta vez arranjar um cérebro com neurónios you bastard!

Nojo é a palavra que tenho para pessoas como tu!

PS2: E para vocês meninas... um conselho: muito cuidado porque até as pessoas que conhecemos desde sempre mudam e transformam-se em pequenos calhordas e pessoas completamente desconhecidas.

Nunca se coloquem em situações que não possam facilmente resolver, muito menos viajar ficando dependentes de quem quer que seja.

A sério... todo o cuidado é pouco!

Quando tudo corre mal...

mas quando digo tudo é TUDO mesmo e em quase todos os campos da minha vida, sou obrigada a parar e repensar TUDO.

Alguma coisa (ou muitas) tenho de estar a fazer de forma errada.

Para grandes tragédias, fortes medidas, as maiores mudanças.

E é esse o único caminho agora.

Só pode ser esse...

PORTO - benfica

Sobre o clássico só tenho uma coisa a dizer:

deu-me saudades de ir ao Dragão!


O amor

O amor dói.
Antes de doer o amor faz sorrir, o amor dá alegria, faz chorar mas é um chorar que a gente gosta, é um chorar de emoção boa.
O amor antes de doer faz-nos bem. Somos mais, somos melhor.
O amor, antes de ser o amor que dói, é o amor que faz feliz. Aquela felicidade que não há em mais lugar nenhum. Aquela felicidade tão grande e tão boa que nos sentimos a pessoa mais feliz do mundo e, se não somos a mais, somos uma entre muitas outras que sentem o amor antes de doer.
O amor antes de doer é assim, é infinito e é para sempre. É um sonho de tão bem que nos sentimos, por tudo ser tão belo e porque sentimos: vai ser assim para sempre.
O amor, aquele que vos venho a falar até agora, é grande, grandioso. E é a melhor coisa do mundo. Faz-nos ser pessoas diferentes, de bem com a vida, a nossa e a dos outros.
O amor antes de doer é assim, é um milagre, uma coisa boa, que nos muda... para sempre.

O amor que não aquele que vos venho a falar até aqui, aquele amor, o que dói, sobre esse não quero falar.

Senti-lo já me consome demasiado a alma, o espírito e tudo o que restou de visível deste meu ser.